“100% atualizado, é ruim de aturar. Bomba Patch virou moda todo mundo quer jogar”. No auge do PlayStation 2, esse som era onipresente. Não tinha competição: o Bomba Patch era maior que FIFA e Winning Eleven. O mod de futebol, inicialmente baseado no Winning Eleven 10, conseguiu juntar a paixão pelo esporte com os games do jeito mais brasileiro possível.
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Não foi só a inclusão dos times nacionais que fez o patch ser sucesso. Antes das empresas estrangeiras investirem no país, esses mods semi-amadores já tinham o elenco, o estádio, as bandeiras e até os gritos das torcidas. A narração vinha das mesmas vozes da televisão e a trilha sonora trocava o indie britânico por funk e canções do poeta Chorão. Nem os glitches frequentes e os “stats” questionáveis que igualavam os jogadores do Brasileirão aos ídolos europeus abalavam essa identificação. A disponibilidade também era um fator importante, se não o mais influente nessa popularidade. Se o preço dos games oficiais equivaliam a boa parte de um salário mínimo, o Bomba Patch estava disponível por valores módicos em quase todo camelô do país.
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